segunda-feira, 23 de março de 2009

Hífen - Novas regras


Novo acordo ortográfico I


Novo acordo ortográfico II


Signos do zodíaco


Pontuação


Planetas


Tabela Periódica


Frequências de rádio


Código Morse internacional


Calendário Hebreu


Meses dos principais calendários


Livros da Bíblia - Católica e Protestante


W e Y, vogais ou consoantes?

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt).

O K é uma consoante.

O W será vogal ou semivogal pronunciado como “u” em palavras de origem inglesa: whisky, show. Será consoante como o “v” em palavras de origem alemã: Walter, wagneriano.

O Y é um som vocálico pronunciado como “i” com função de vogal ou semivogal: Paraty.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Colocação Pronominal

Colocação Pronominal – Prof. Flaverlei


Regras gerais de colocação pronominal



Ênclise – é a colocação normal do pronome na língua culta. (depois do verbo)
Ex.: Levantei-me cedo hoje.



Mesóclise – É a colocação do pronome quando o verbo se encontra no futuro do presente ou no futuro do pretérito, desde que não haja condição de próclise. (no meio do verbo)
Exs.: O torneio de xadrez realizar-se-á no início da primavera.
Contar-lhe-ia o segredo, se pudesse.



Próclise – É a colocação do pronome quando antes do verbo há palavras que exercem atração sobre ele, como:
· Palavra negativa (não, nem, nunca, ninguém, nenhum, nada, jamais...) não seguida de pausa. Ex.: Nunca nos revelou sua verdadeira identidade.
· Advérbio não seguido de vírgula. Ex.: Depois me dirigi ao balcão de informações.
Obs.: Havendo vírgula depois de palavra negativa ou de advérbios, usa-se ênclise. Exs.: Não, disse-me ele, não me deve mais nada.
Em seguida, despediu-se de todos gentilmente.
· Pronomes relativos e indefinidos. Exs.: O rapaz que me procurou vendia dicionários. / Quem te acompanhou até aqui?
· Conjunção subordinativa. Ex.: Pensei que lhe dariam o emprego.
· Preposição “em”, seguida de gerúndio. Ex.: Em se tratando de brigas familiares, não me meto.
· Infinitivo pessoal precedido de preposição. Ex.: Para se desculparem, enviaram-nos flores e bombons.
· Orações optativas, exclamativas ou interrogativas, com sujeito antes do verbo. Ex.: Deus lhe pague, moço!

Obs.: Havendo entre a palavra que exerce atração e o pronome oblíquo um termo ou oração intercalados, a próclise continua sendo necessária. Observe: Nunca, é bom saberem, lhe pedi dinheiro.



Colocação dos pronomes átonos nas locuções verbais

Nas locuções verbais ocorrem as seguintes colocações de pronomes:

Com verbo auxiliar + infinitivo ou gerúndio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:
· Depois do verbo auxiliar.
Exs.: Devo-lhe mandar o livro ainda hoje.
Vinha-se arrastando pelas ruas.
· Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Devo mandar-lhe o livro hoje.
Vinha arrastando-se pelas ruas.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome poderá ser colocado:

· Antes do verbo auxiliar.
Exs.: Nada lhe devo contar.
Todos nos estavam esperando.
· Depois do infinitivo ou gerúndio.
Exs.: Nada devo contar-lhe.
Todos estavam esperando-nos.

Observações:
1ª Havendo preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome é facultativa.
Ex.: A moça há de acostumar-se com a vida de casada. / A moça há de se acostumar com a vida de casada.
2ª Com a preposição a e o pronome oblíquo o (e variações), o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo.
Ex: Tornou a vê-los depois do casamento.

Com verbo auxiliar + particípio

Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará depois do verbo auxiliar.
Ex.: Haviam-me oferecido um bom emprego.

Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes do verbo auxiliar.
Ex.: Não me haviam oferecido nada de bom.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Denotação/Conotação

Semântica - Prof. Flaverlei


Semântica – é a parte da gramática que estuda os aspectos relacionados ao sentido de palavras e enunciados.

Denotação – é o uso de palavras com o seu sentido original, convencional ou usual. Ex.: Comprei um trator para a fazenda.

Conotação – é o uso da palavra com um significado novo, diferente do original ou do convencional, criado pelo contexto. Ex.: Aquele operário é um trator.

Sinonímia – São palavras de sentidos aproximados que podem ser substituídas uma pela outra em diferentes contextos.
Exs.:
Você já vacinou seu cachorro? Você já vacinou seu cão?
Já partiu um carro agora com um homem e uma mulher.
Já partiu um carro agora com duas pessoas.

Antonímia – São palavras de sentidos contrários entre si.
Ex.:
Velho / novo
Bom / mau
Emigrante / imigrante

Hiponímia – palavras com sentido mais específico.
Hiperonímia – palavras com sentido mais genérico.
Ex.:
Comprei um computador, um monitor, um teclado e uma impressora para o escritório, pois, sem esse equipamento, não conseguiria dar conta do trabalho


Polissemia – É a propriedade que uma palavra tem de apresentar vários sentidos.

Não consigo passar o fio de lã na agulha de tricô.
Enrosquei minha pipa no fio daquele poste.

Homonímia:

a) Homônimas homógrafas – Palavras com escrita igual e sons diferentes. Exs.: colher(ê) verbo / colher(é) substantivo – começo(ê) substantivo / começo(é) verbo.
b) Homônimas homófonas – Palavras com mesma pronúncia , mas com escritas diferentes. Exs.: tacha (prego pequeno) / taxa (tarifa) – cheque (banco) / xeque (jogada de xadrez)
c) Homônimas perfeitas – Palavras com escrita e pronúncia iguais. Ex.: sela (arreio) / sela (verbo selar) – são (santo) / são (saudável) / são (3ª p.p. do verbo ser)

Paronímia – Palavras com escritas ou sons parecidos. Ex.: Absolver/Absorver – pião/peão – precedente/procedente – pequenez e pequinês...

Ambiguidade – Duplicidade de sentidos que pode haver em um texto, verbal ou não verbal.
Ex.:
O que faz uma boa metrópole.
Dois sentidos:
O que uma boa metrópole oferece aos seus moradores.
O que faz com que uma cidade seja uma boa metrópole.

Predicado I - Predicação verbal

Estudo do predicado

Predicado é o termo da oração que contém o verbo. Apesar de o sujeito e o predicado serem termos essenciais da oração, há casos (com verbos impessoais) em que a oração não possui sujeito. Mas, se a oração é estruturada em torno de um verbo e ele está contido no predicado, é impossível existir uma oração sem predicado.

Verbos quanto a predicação

Há verbos que expressam ação: São os verbos significativos. Os verbos significativos classificam-se em : intransitivos e transitivos.

Verbo intransitivo (VI) – é aquele que traz em si a idéia completa da ação, sem necessitar, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido, ou seja, sua ação não transita.
Exs.:
O sol despontou.
A criança chora.
As folhas caem.

Obs: O verbo intransitivo poderá, sozinho, formar o predicado ou, então, aparecer acompanhado de palavras ou expressões indicativas de lugar, tempo, modo, intensidade etc.

Ex.: As folhas caem no inverno. (idéia de tempo)

Verbo transitivo – é aquele que não traz em si a idéia completa da ação, necessitando, portanto, de um outro termo para completar o seu sentido, ou seja, sua ação transita. Por completar o sentido de um verbo, esse outro termo é um complemento verbal ou objeto.
O verbo transitivo pode ser:
1. Verbo transitivo direto (VTD) – a ação transita diretamente para o complemento – objeto direto – , não exigindo preposição.
Exs.:
Os feirantes tiveram lucro.
Derrubaram a velha casa.
Ouvimos um forte barulho.

2. Verbo transitivo indireto (VTI) – a ação transita indiretamente para o complemento – objeto indireto –, por meio de preposição.
Exs.:
Todos nós precisamos de respeito.
Eu acredito em Deus.
Não concordo com você.

3. Verbo transitivo direto e indireto (VTDI) – apresenta dois complementos (objeto direto e objeto indireto), ou seja, a ação contida no verbo transita para o complemento direta e indiretamente ao mesmo tempo.
Exs.:
As crianças receberam elogios de seus pais.
Escrevi um bilhete a um amigo.
Demos a Válter um lindo presente.

Observações:
a) A preposição poderá estar combinada com outra classe gramatical.
Exs.:
Os alunos obedecem aos regulamentos.
Aquelas crianças necessitavam do carinho materno.
b) Um mesmo verbo pode aparecer como intransitivo ou como transitivo.
Exs.:
A criança dormiu. (intransitivo)
A criança dormiu um sono tranquilo. (transitivo direto)

Há verbos que expressam estado, não são significativos. São os verbos de ligação.

Verbo de ligação (VL) – é aquele que, expressando estado, liga característica ao sujeito, estabelecendo entre eles (sujeito e característica) certos tipos de relações.
Exs.:
O choro da criança parecia fraco.
O garoto permaneceu calado.

O verbo de ligação pode expressar:
ü Estado permanente: ser, viver.
Elza é bonita. Elza vive bonita.
ü Estado transitório: estar, andar,achar-se, encontrar-se.
Ricardo está doente. Ricardo encontra-se doente.
ü Estado mutatório: ficar, virar, tornar-se, fazer-se.
Elza ficou bonita. Elza fez-se bonita.
ü Continuidade de estado: continuar, permanecer.
Ricardo continua doente. Ricardo permanece doente
ü Estado aparente: parecer.
Elza parece bonita.

Observação: Os verbos não possuem classificação fixa. Um mesmo verbo pode aparecer ora como intransitivo, ora como de ligação.
Exemplos:
O homem anda depressa. (VI) O homem anda preocupado. (VL)
Os alunos estão na escola. (VI) Os alunos estão uniformizados. (VL)

Predicado III - Complemento verbal

Complemento verbal
Os complementos verbais completam o sentido dos verbos transitivos. Estes complementos podem ligar-se ao verbo através de um preposição ou sem o auxílio dela. Quando há necessidade de preposição, o objeto é dito indireto; quando ela não é necessária, o objeto é dito direto. Alguns verbos podem aceitar ao mesmo tempo um objeto direto e outro indireto. Em alguns casos, por questões de estilo, adiciona-se um preposição ao objeto direto. Neste caso o objeto direto é dito preposicionado.
Exemplos
Aviões possuem asas. - Asas é o objeto direto do verbo possuir.
Gosto de escrever. - de escrever é objeto indireto do verbo gostar.
Neguei tudo aos impostores. - tudo é objeto direto e aos impostores é objeto indireto do verbo negar.
Ele ama a Deus - a Deus é um objeto direto preposicionado. Observe que o verbo amar não exige a preposição.
Objeto direto - OD
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O objeto direto liga-se ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o elemento sobre o qual recai a ação.
Identificamos o Objeto direto, quando perguntamos ao verbo: "quem" ou "o quê". A resposta será o Objeto Direto.
Exemplos
Vós admirais os companheiros. -Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros', que é o objeto direto.
Nós amamos Julieta. -Perguntamos, nós amamos quem? A resposta é 'Julieta', que é o objeto direto da oração...
Maria vendia doces. -Perguntamos, Maria vendia o que? A resposta é 'doces', que é o objeto direto.
Ivano ama Hortência. -Perguntamos, Ivano ama quem? A resposta é 'Hortência', que é o objeto direto.
Objeto direto preposicionado
Há casos, no entanto, que um verbo transitivo direto aparece seguido de preposição, que, por sua vez, precede o objeto direto. Nesses casos temos o chamado objeto direto preposicionado.
Ex: Vós tomais do vinho. -Esta construção se faz da contração de termos como: Vós tomais "parte" do vinho
O objeto direto é obrigatoriamente preposicionado quando expresso:
por pronome pessoal oblíquo tônico;
pelo pronome relativo "quem", de antecedente claro;
por pronome átono e substantivo coordenados.
Objeto indireto - OI
O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo obrigatoriamente precedido de preposição.
Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será o Objeto indireto.
Objeto indireto reflexivo
O objeto indireto reflexivo é o objeto indireto que indica a reflexão da ação do sujeito. Exemplo:
O dono da casa deu-se o prazer de uma torta.
Exemplos
André obedece aos pais.
Mariana obedeceu a sua avó
Toby, o cachorro, obedeceu a Amanda

Predicado IV - Tipos de predicado

Tipos de predicado

Segundo a informação contida no predicado, ele pode ser:
Verbal;
Nominal;
Verbo-nominal.

Ø Predicado verbal (PV) – É aquele que informa uma ação. O núcleo do predicado verbal é o próprio verbo.
Exs.:
As árvores florescem na primavera. (VI)
Os pássaros fazem seus ninhos. (VTD)
Nós concordamos com você. (VTI)
Os alunos prestaram uma homenagem ao professor. (VTDI)

Ø Predicado nominal (PN) – É aquele que informa um estado do sujeito. Nesse predicado o verbo é de ligação. O núcleo do predicado nominal é a característica do sujeito contida no predicado.
Exs.:
Aquelas esculturas eram valiosas.
A população permanecia apreensiva.
Este homem parece uma criança.

IMPORTANTE
Predicativo do sujeito é o termo que atribui características ao sujeito por meio de um verbo. Todo predicado construído com verbo de ligação necessita de predicativo do sujeito.
Exs.:
As crianças continuam felizes. (VL) + (predicativo do sujeito)
As atitudes de alguns homens são imperdoáveis. (VL) + (predicativo do sujeito)

O predicativo também pode aparecer com outros verbos.
Exs.:
As crianças saíram satisfeitas. (VI) +(Predicativo do sujeito)
Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (VTD) +(OD) + (Predicativo do sujeito)

O predicativo do sujeito pode ser representado por um adjetivo, locução adjetiva, substantivo, palavra substantivada, pronome substantivo ou numeral.
Exs.:
O seu gesto foi delicado. (adjetivo)
A comida está sem sabor. (locução adjetiva)
A lua parece uma bola. (substantivo)
Amar é viver. (palavra substantivada)
Meu carro não é esse. (pronome substantivo)
Nós somos cinco em casa. (numeral)

Ø Predicado verbo-nominal (PVN) – é aquele que expressa uma dupla informação: ação e estado. Por fornecer duas informações, é constituído por dois núcleos: um verbo e um nome (predicativo).
Exs.:
Os gatos olhavam aflitos. (VI) + (predicativo do sujeito)
O dentista voltou sério. (VI) + (predicativo do sujeito)
Os alunos fizeram a prova tranquilos. (VTD) + (OD) + (predicativo do sujeito)
Os alunos retornaram da excursão felizes. (VTI) + (OI) + (predicativo do sujeito)

IMPORTANTE
Há predicados verbo-nominais em que o predicativo não se refere ao sujeito, mas ao objeto.
Exs.:
Os colegas consideram Daniel inteligente.
O predicativo “inteligente” se refere ao OD Daniel e não ao sujeito “colegas”. = predicativo do objeto.
Os alunos acharam fácil a prova.
O predicativo “fácil” se refere ao OD “a prova” e não ao sujeito “alunos”. = predicativo do objeto.
Eu achava horrível qualquer filme de terror.
O predicativo “horrível” se refere ao OD “qualquer filme de terror” e não ao sujeito “eu”. = predicativo do objeto.

Obs.: O predicativo do objeto normalmente se refere ao objeto direto. Ocorre com objeto indireto com o verbo chamar. Chama-lhe ingrato. (Chama a ele ingrato)

Pronomes II - Anexo

Pronomes - Anexo - Prof. Flaverlei


Eu ou mim?

Os pronomes pessoais eu e tu desempenham a função de sujeito, enquanto os oblíquos tônicos mim e ti desempenham outras funções.
Os pronomes pessoais retos eu e tu (somente esses) não podem , na variedade padrão, vir regidos de preposição e desempenhar a função de complemento.
Os pronomes pessoais oblíquos – mim e ti –, quando regidos de preposição, desempenham a função de complemento.
Ex.: Não há mais nada entre mim e você. Adj. Adv.
Os alunos trouxeram flores para ti. OI

Conosco ou com nós? Consigo ou...?

Na variedade padrão, os pronomes oblíquos si e cnsigo só podem ser empregados como reflexivos na 3ª pessoa:

Exs.:
Vaidosa, ela só falava de si mesma.
O professor trouxe as avaliações consigo.

Os demais, comigo, contigo, conosco, convosco, são utilizados normalmente.
Ex.:
Ela simpatizou comigo/conosco.

O emprego de com vós e com nós é admitido quando estes forem reforçados por outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou qualquer numeral.
Ex.:
Ele já discutiu com nós ambos/com nós dois.


Função sintática dos pronomes pessoais

Conforme você deve ter observado, os pronomes pessoais:
1º são sempre pronomes substantivados;
2º para distingui-los e empregá-los, é necessário saber que função sintática desempenham na oração.

Assim:
· Os pronomes retos empregam-se como sujeito e predicativo do sujeito:
Eu sou eu, ora. (predicativo do sujeito)
· Os pronomes oblíquos (átonos e tônicos) geralmente exercem na frase a função de objeto direto ou indireto.

Os átonos de 3ª pessoa o, a, os, as funcionam como objeto direto; lhe, lhes, como objeto indireto; os demais, me, te, se, nos, vos, podem ser objeto direto ou indireto, dependendo da predicação do verbo que completam.
Exs.:
Convidou-me/os a sair. OD
Emprestaram-me/lhe os livros. OI

Os tônicos são sempre precedidos de preposição. Por isso, sua função sintática só pode ser determinada pela predicação do verbo ou do nome ao qual servem de complemento.
Exs.:
Carolina é fiel a ele. CN
O trabalho foi feito por mim. Agente da passiva

Em muitos casos, o pronome oblíquo pode equivaler a um pronome possessivo, situação em que exerce a função de adjunto adnominal.
Exs.:
Rasgaram-me o livro. Adj. Adn.
Rasgaram o meu livro. Adj. Adn.


Utilização dos pronomes demonstrativos

Em relação ao espaço:
· Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala. (Este relógio de bolso que estou usando pertence ao meu avô).
· Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala. (Mamãe, passe-me, por favor, essa revista que está perto de você).
· Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam o que está distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem se fala. (Olhem aquela casa. É um exemplo da arquitetura colonial brasileira).

Em relação ao tempo:
· Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala. (Esta tarde irei ao supermercado fazer a compra do mês).
· Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado, mas relativamente próximo à época em que se situa a pessoa que fala. (Essa noite dormi mal; tive pesadelos horríveis).
· Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto. (Naquele tempo, os filhos das classes abastadas iam estudar em Portugal)

Em relação ao falado ou escrito ou ao que se vai falar ou escrever

· Este(s), esta(s) e isto são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se vai falar. (São estes os assuntos da reunião: informes gerais, discussão do uso das quadras nos intervalos entre as aulas, abertura da cantina aos domingos).
· Esse(s), essa(s) e isso são empregados quando se quer fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou. (Sua participação nas olimpíadas de matemática, isso é o que mais desejamos agora).
· Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados; aquele para o referido em primeiro lugar e este para o referido por último. (Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática; aquele pela criatividade em produção de textos).

Função sintática dos pronomes

Os pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos e interrogativos, quando são adjetivos, desempenham na oração a função de adjunto adnominal; quando são substantivos, desempenham na oração as funções próprias dos substantivos, ou seja, de sujeito, objeto direto, objeto indireto, etc. Veja os exemplos:
Empreste-me seu caderno. Esqueci o meu em casa.
Adj. Adn. = Pron. Adj. / OD = Pron. Subst.

Ninguém imaginava quem era aquele ilustre visitante.
Suj. = Pron. Subst. / Suj. = pron. Subst. / Adj. and. = pron. Adj.

Função sintática dos pronomes relativos

Os pronomes relativos assumem um duplo papel no período: representam um antecedente e servem de elemento de subordinação na oração que iniciam. Por isso, sempre desempenham nas orações que iniciam uma função sintática, que pode ser de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, adjunto adnominal, adjunto adverbial, complemento nominal e agente da passiva.
Observe:

O remédio custa muito caro. Eu preciso do remédio. OI
O remédio de que preciso custa muito caro. OI

O pronome relativo cujo funciona geralmente como adjunto adnominal; e o relativo onde, como adjunto adverbial:

A família a cujo imóvel se referem mudou-se do Brasil. Adj. Adn.
A cidade onde nasci é muito calma e agradável. Adj. Adv.