terça-feira, 14 de abril de 2009

Frase, oração e período

Os enunciados da língua


No estudo dos enunciados da língua, identificam-se três unidades que apresentam características estruturais próprias: a frase, a oração e o período.


Frase – Enunciado de sentido completo em uma situação de comunicação. Tem o início e o fim marcados pela entoação(na fala) ou pontuação(na escrita). Pode ser constituída por uma única palavra ou por várias palavras. Podem apresentar um verbo ou não.


Tipos de frase


Alguns gramáticos optam por criar uma tipologia de frases associada à entonação com que elas são enunciadas. Falam, portanto, em:


Frases declarativas: após a constatação de um fato, o emissor faz uma declaração. (Hoje está um dia quente).
Frases exclamativas: as que possuem exclamação. (Que horror!).
Frases imperativas: as que expressam ordens; proibições; conselhos. (Façam silêncio!).
Frases interrogativas: as que transmitem perguntas. (Quando eles vêm nos visitar?).
E ainda há mais dois grupos secundários:
Frases optativas: o emissor expressa um desejo (Ex.: Quero comer picolé.);
Frases imprecativas: o emissor expressa uma súplica através de maldição. (Ex.: Que um raio caia sobre minha cabeça.).

Oração – Caracteriza-se por ter predicado e, portanto, verbo. Geralmente apresenta sujeito e outros termos (essenciais, integrantes ou acessórios).
Exs.:
· Corram!
· Esses exercícios parecem muito difíceis.
· Chove muito em Manaus.
Obs.:
Termos essenciais – sujeito e predicado;
Termos integrantes – Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva;
Termos acessórios – Adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto.

Período – Enunciado de sentido completo constituído por uma ou mais orações. É delimitado por uma entoação (na fala) ou pontuação (na escrita) específica. Pode ser simples(oração absoluta) ou composto(mais de uma oração).
Ex.: Paulo disse que não viria, mas mudou de idéia, porque precisa pegar os documentos de sua irmã. ( 1 período e 4 orações)

Classes das palavras

Classe das palavras

As palavras podem ser de dois tipos quanto à sua flexão: variáveis ou invariáveis.
Palavra variável é aquela que pode alterar a sua forma.
Palavra invariável é aquela que tem forma fixa.
Dentre as formas variáveis e invariáveis, existem dez classes gramaticais, a saber:
Classes principais: são a base do idioma e formam o núcleo das orações, a saber:
Substantivos - Classe de palavras variáveis com que se designam e nomeiam os seres em geral.
Verbos - Classe de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um acontecimento representado no tempo. Indicam ação, fato, estado ou fenômeno. Toda palavra que se pode conjugar.
Satélites: servem para exprimir atributos das classes principais, a saber:
Artigos - Classe de palavras que acompanham os substantivos, determinando-os.
Adjetivos - Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O adjetivo é essencialmente um modificador do substantivo.
Numerais - Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exata de pessoas ou coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série.
Pronomes - Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também de substituir a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o acompanhar determinando-lhe a extensão do significado.
Advérbios - Classe de palavras invariáveis indicadoras de circunstâncias diversas; é fundamentalmente um modificador do verbo, podendo também modificar um adjetivo, outro advérbio ou uma oração inteira.
Conectivos: Servem para estruturar a sintaxe de uma oração, a saber:
Preposições - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à primeira palavra.
Conjunções - Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações.
Interjeições -Classe de palavras invariáveis usadas para substituir frases de significado emotivo ou sentimental.

Ortografia - II

Semântica/Ortografia
Prof. Flaverlei



Por que – Utilizado em perguntas
Porque – Utilizado em respostas
Por quê – Utilizado em final de frases ou sozinho
O Porquê – Utilizado como substantivo (precedido de artigo)

Mal ≠ Bem = Advérbio (Passei mal o dia todo)
Mau ≠ Bom = Adjetivo (O lobo mau pegou a vovozinha)

Há – Forma do verbo ou indicando tempo passado. (Não o vejo Há muitos anos)
A – Refere-se a distância ou a tempo futuro. (Morava a cinco quadras daqui)

À-toa – Adjetivo = fácil, desprezível. (O advogado era um sujeitinho à-toa)
À toa – Loc. Adverbial = sem destino, sem rumo. (Todos os dias andava à toa pela cidade)

Mais – Quantidade, contrário de menos. (Converse menos e trabalhe mais)
Mas – Conjunção adversativa. Equivale a porém, contudo, todavia. (Ele pretendia apoiá-la, mas na última hora desistiu.

A fim de – Indica finalidade, corresponde a para. (Cheguei cedo a fim de terminar meu serviço)
Afim – Semelhante ou parente por afinidade. (A matemática e a física são ciências afins)

A par – Ciente, informado, prevenido. (O diretor não estava a par do assunto)
Ao par – Emprega-se em câmbio, indica título ou moeda de valor idêntico. ( O real já esteve ao par do dólar)

Em vez de – Em lugar de. (Em vez de nos ajudar, prejudicou-nos)
Ao invés de – Ao contrário de. (Ao invés de baixar, o preço dos legumes subiu)

Meio – advérbio – Equivale a mais ou menos, um pouco. (A garota estava meio cansada)
Meia – Adjetivo quando equivaler a metade. Nesse caso é invariável. (Comprei meio quilo de carne e meia dúzia de ovos)


Parônimas e homônimas mais comuns são:

Acender – pôr fogo
Ascender – subir

Acento – sinal gráfico, inflexão da voz
Assento – lugar em que se assenta

Acessório – que não é fundamental
Assessório – relativo a assessor

Acético – relativo ao vinagre
Ascético – relativo a ascetismo
Asséptico – relativo à assepsia

Comprimento – extensão
Cumprimento – saudação

Caçar – perseguir a caça
Cassar – anular

Censo – recenseamento
Senso – juízo claro

Cé(p)tico – que ou quem duvida
Sé(p)tico – que causa infecção

Sessão – Reunião, assembleia, horário de filmes. (Vou assistir a sessão das 15 horas no cinema)
Seção – divisão, corte. (Trabalho na seção de frutas do mercado)
Cessão – Ato de ceder, doação. (O governador fez a cessão de alguns terrenos. “cedeu”)

Concertar – harmonizar, combinar
Consertar – remendar, reparar

Coser – costurar
Cozer – cozinhar

Decente – limpo, decoroso
Descente – que desce; vazante

Delatar – denunciar
Dilatar – estender, retardar

Descrição – representação
Discrição – ato de ser discreto

Descriminar – inocentar
Discriminar – distinguir

Discente – relativo a alunos
Docente – relativo a professores

Emergir – vir à tona
Imergir – mergulhar

Emigrante – o que sai do próprio país
Imigrante – o que entra em país estranho

Eminente – alto, excelente
Iminente – que está prestes a ocorrer

Empoçar – formar poça
Empossar – dar posse a

Espiar – espreitar
Expiar – sofrer pena ou castigo

Espirar – soprar; respirar; estar vivo
Expirar – expelir o ar dos pulmões; morrer; definhar

Estada – ato de estar, permanecer ou demorar (sempre em referência a pessoas e animais)
Estadia – tempo de permanência de veículos em garagem ou estacionamento

Estrato – camada sedimentar; tipo de nuvem
Extrato – o que foi tirado de dentro; fragmento

Flagrante – ato de ser surpreendido em alguma situação; evidente; patente
Fragrante – perfumado

Infligir – aplicar (pena, repreensão)
Infringir – violar, transgredir, desrespeitar

Intenção ou tenção – propósito
Intensão ou tensão – intensidade

Intercessão – rogo; súplica
Intersecção – ponto em que duas linhas se cortam

Mandado – ordem judicial
Mandato – período de missão política

Soar – dar ou produzir som, ecoar
Suar – transpirar

Tachar – censurar, notar defeito em
Taxar – estabelecer o preço ou o imposto

Vultoso – volumoso
Vultuoso – atacado de vultuosidade (congestão da face)

Ortografia - I

O uso de E e I :

Uso do E

em verbos terminados em -oar e -uar no presente do subjuntivo :
Exemplo = abençoe , destroe , magoe , soe (soar ) , atue , apazigúe , continue , etc .
No prefixo latino ante ( "anterioridade ") e derivados :
Exemplo = antebraço , antecâmara ,anteontem , etc.
Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo :
Exemplo : caem , saem ,constroem , etc .
Nos vocábulos derivados de outros com é final e os ditongos éi , ei :
Exemplo : café , cafeeiro , Daomé , pé , estréia , idéia , passeio , recear , etc.
Nos verbos terminados em -ear :
Exemplo : grampeio , bloqueio , passeamos , ceamos , apeamo-nos , etc .
Em alguns verbos em -iar ( mediar , ansiar , remediar , incendiar , odiar ) :
Exemplo : medeio , medeias , anseio , remedeio , odeio .

Em todos os verbos da primeira conjugação no presente do modo subjuntivo ( exceto estar ) :
Exemplo = estude , estudemos , viaje , viajemos , medeie , mediemos . ( mas : esteja , estejamos ) .

Uso do I

Usa- se I
Nos verbos em -uir , -air , -oer , na terceira pessoa do singular do presente do indicativo :
Exemplo = sai , cai , dói , rói ; contribui , constrói , possui , restitui , etc .
No prefixo grego anti ( "contra") e derivados :
Exemplo : Anticristo , antipatia , anticlerical , anti-herói .
Como vogal de ligação : camoniano , machadiano , drummondiana , weberiano ,etc .

O uso de O e U :

Uso de O
Em verbos em -oar :
Exemplo : abençôo , sôo ( soar ) , magoas , magoamos , vôo , etc .
Em palavras derivadas que mantêm o o da primitiva:
Exemplo: feijão , tom , toada , som , soar ,boteco, mosquito (mosca) , sortimento ( sorte ) , etc .

O uso de U
Nas terminações -ua , -ula , -ulo :
Exemplo : água ; íngua , cálculo , tentáculo , etc .
Para aportuguesar palavras inglesas com w :
Exemplo : sanduíche , suéter , uísque , Uílson .

Uso do G

Usa o G
Nas terminações - ágio , - égio , - ígio - , ógio , - úgio .
Exemplo = adágio , ágio , estágio , régio , refúgio , etc .
Nas terminações -agem , -igem , -ugem - ege , - oge :
Exemplo = folhagem , viagem , vertigem , frege , sege , paragoge , etc.
Nas palavras de origem estrangeira , latina ou grega :
Exemplo = álgebra , agiotagem , ágio , agir .

Uso do J

Usa o J
Palavra de origem tupi , africana e árabe :
Exemplo = jê , jenipapo , pajé , etc.
Nos subjuntivos dos verbos em -jar :
Exemplo = arranje , despeje , trajem , viajem , etc .
Uso do S , Z e C
Uso de S , Z e C
Em derivados de verbos com ND ( nd - ns ) :
Exemplo = ascender , ascensorista , estender , suspender , tender , pretensioso , etc .
Nas correlações pel-puls , rg-rs , rt-rs :
Exemplo = competir , expelir , aspergir , divertir , emergir , inversão , etc .
Nas correlações corr-curs e sent-sens :
Exemplo = correr , percurso , incursão , sentir , senso , sensível , dissensão , etc .

Usa-se SS e Não C , Ç :

Nos derivados dos verbos com -ced , -gred , -prim , -tir :
Exemplo = ceder , cessão , interceder , excesso , progresso , impressionante , oprimir , admissão , discutir , percussão.
Nas correlações rs - ss, x-ss , ps-ss :
Exemplo = persona , pessoa , adverso , laxo , lasso , gesso .

Usa-se S , e não Z :

Nos títulos nobiliárquicos , nos gentílicos ( procedência ) e nos femininos em geral :
Exemplo = baronesa , duquesa , princesa, inglesa , tailandesa , javanesa , etc .
Após ditongos :
Exemplo = besouro , lousa , ousar , tesouro , etc .
Nas correlações d-s , nd -ns , rs-s :
Exemplo = aludir , defender , ilusão , pesar , pêsames , defender , despensa, senso , siso , através , revés , revesar , etc.
Nas formas verbais de querer e pôr ( e derivados : )
Exemplo = quis , quisesse , pus , pôs , repuser , compusesse , etc .

Usa-se Z , e não S

Nos substantivos abstratos derivados de adjetivos :
Exemplo : ácido , ávido , grávida , grandeza , pequenez , etc .
Nos sufixos -izar e -ização :
Exemplo = ameno , abalizar , civilizar , urbanização , etc .

Uso do C e Ç

Usa-se C , Ç e Não S , SS ou SC :
Em palavras de origem tupi , africana e árabe :
Exemplo = açafate , açafrão , açaí , açúcar , caçanje , caçula , cetim , muçum , paçoca , miçanga , etc.
Nos sufixos -aça , -aço , -ação , -ecer , -iça , -iço , -uça , -uço :
Exemplo : barcaça , panelaço , dentição , criança , dentuça , etc .
Nas correlações t-c e ter-tenção :
Exemplo = adotar , assunto , erecto , torto , exceções , eletrocutar , divertir , diversão , abster , ater , deter , conter , contenção ,etc .
Após ditongos :
Exemplo = feição , louça , traição , etc .

Uso do SC

Usa-se SC , e Não C
O uso do sc ou c e relaciona-se à etimologia . Basicamente sc encontra encontra-se em termos eruditos latinos e o c em formas populares e vernáculas .
Exemplo = abscesso , acrescentar , aquiescer , consciência , descer , disciplina , discente ( aluno ), fascículo , etc .

Uso do CH

Usa-se CH , e não X
Em vocábulos provenientes do latim :
Exemplo = chave ,chão , chuva , etc .
Em vocábulos provenientes do francês , italiano e espanhol :
Exemplo = brocha , deboche , chefe , mochila , charlatão , salsicha , etc .
Em vocábulos provenientes do inglês e alemão :
Exemplo = chope , sanduíche , chucrute , etc .
Em vocábulos provenientes do árabe e russo :
Exemplo = azeviche , babucha , bolchevique , etc .

Uso do X

Usa-se X :
em vocábulos de origem árabe , tupi e africana :
Exemplo = almoxarife , xadrez , muxoxo , xavante , xingar , etc .
Para , no aportuguesamento , substituir o sh inglês e o j espanhol :
Exemplo = xampu , Hiroxima , lagartixa , etc .
Após a inicial en - , desde que a palavra não seja derivada de outra com ch :
Exemplo = encaixe , engraxar , enxugar , etc . Mas : charco , encharcar , cheio , enchente , enchoçar , etc ) .
Após a inicial me- , exceto mecha e derivados :
Exemplo = mexer , mexicano , feixe , gueixa , trouxa , etc .
Após ditongos :
Exemplo = baixa , baixela , frouxo , gueixa , trouxa , etc .

Dupla Grafia

Dupla Grafia = A fim de abranger os mais diversos padrões da língua usados nos países lusófonos , o PVOLP consigna variantes gráficas no léxico . Na lista a seguir , a primeira forma é , em geral , a mais comum no português do Brasil . Exemplo =
açoite -------------------------------------------açoute
assobiar-----------------------------------------assoviar
aluguel-------------------------------------------aluguer
bêbado------------------------------------------bêbedo
bravo--------------------------------------------brabo
biscoito------------------------------------------biscouto
cenoura------------------------------------------cenoira
coisa---------------------------------------------cálix
doido--------------------------------------------doudo
datilografia---------------------------------------dactilografia
estouro-------------------------------------------estoiro
expectativa---------------------------------------expetativa
fato-----------------------------------------------facto
flecha---------------------------------------------frecha
garçom-------------------------------------------garção
grosseria-----------------------------------------grossaria
húmus--------------------------------------------humo
hidroelétrica--------------------------------------hidrelétrica
imundície-----------------------------------------imundícia
interseção----------------------------------------intersecção
joalheria------------------------------------------joalharia
leiteria--------------------------------------------leitaria

mouro--------------------------------------------moiro
moita---------------------------------------------mouta
noite----------------------------------------------noute
neurose-------------------------------------------nevrose
nômade-------------------------------------------nômada
ouço (v.ouvir)-------------------------------------oiço
quatrilhão-----------------------------------------quatrilião
rádio----------------------------------------------rádium
regime---------------------------------------------regímen
ramalhete------------------------------------------ramilhete
selvageria------------------------------------------selvajaria
sorveteria------------------------------------------sorvataria

toicinho---------------------------------------------toucinho
traje------------------------------------------------trajo
tato-------------------------------------------------tacto
umbu-----------------------------------------------imbu
vozeria---------------------------------------------vozearia
vindouro-------------------------------------------vindoiro
xale------------------------------------------------xaile

entre outros .

Orações reduzidas

Orações reduzidas

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.As orações reduzidas de formas nominais podem, em geral, ser desenvolvidas em orações subordinadas. Essas orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes.As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo.No caso de se fazer uso de locução verbal, o auxiliar indica se se trata de oração reduzida ou não. Na frase:
Tendo de ausentar-se, declarou vacante seu cargo.
Temos aqui uma oração reduzida de gerúndio. Portanto, é condição para que a oração seja reduzida que o auxiliar se encontre representado por uma forma nominal.

Exemplos de orações reduzidas de infinitivo:

Substantivas subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração. Exemplos:
Não convém agires assimÉ certo ter ocorrido uma disputa de desinteressados.Urge partires imediatamente.
Substantivas objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto. Exemplos:
Ordenou saírem todos logo.Respondeu estarem fechadas as matrículas.As crianças fazem rir seus rivais.O professor assegurou serem os exames para avaliar e não para derrotar os alunos.Peça-lhes fazer silêncio.
Substantivas objetivas indiretas: são aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal. Exemplo:
Aconselho-te a sair imediatamente.
Substantivas predicativas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:
O importante é não se deixar corromper pela desonestidade.Seu desejo era adquirir um automóvel.
Substantivas completivas nominais: são aquelas que funcionam como complemento de um nome da oração principal. Exemplos:
Maíra estava disposta a sair da casa.Tinha o desejo de espalhar os fatos verdadeiros.
Substantivas apositivas: são aquelas que funcionam como aposto da oração principal. Exemplos:
Fez uma proposta a sua companheira: viajarem pelo interior, no fim do ano.Recomedou-lhe dois procedimentos: ler e refletir exaustivamente a obra de Manuel Bandeira.

Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal. Exemplos:
Chegou para poder colaborar. (final)Alegraram-se ao receberem os campeões. (temporal)Não obstante ser ainda jovem, conquistou posições invejáveis. (concessivas)Não poderá voltar ao trabalho sem me avisar com antecedência. (condicional)Não compareceu por se encontrar doente. (causal)É alegre de fazer inveja. (consecutiva)

Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:
O aluno não era de deixar de ler suas redações.


Exemplos de orações reduzidas de gerúndio:


Subordinadas adjetivas: Parei um instante e vi o professor admoestando o garoto.

Adverbiais:
Retornando de férias, volte ao trabalho. (temporal)João Batista, ainda trajando à moda antiga, apresentava-lhe galhardamente. (concessiva)Querendo, você conseguirá obter resultados positivos nos exames. (condicional)Desconfiando de suas palavras, dispensei-o. (causal)Xavier, ilustre comerciante, enriqueceu-se vendendo carros. (modal ou conformativa)


Exemplos de orações reduzidas de particípio:


Subordinada adjetiva:
As notícias apresentadas pelo Canal X são superficiais.

Adverbiais:
Terminada a aula, os alunos retiraram-se da classe. (temporal)Reconhecido seu direito, teriam tido outro comportamento. (condicional)Acossado pela política, não se entregou. (concessiva)Quebradas as pernas, não pôde correr. (causal)

Orações subordinadas adverbiais

Orações subordinadas adverbiais

Um terceiro tipo de orações subordinadas são as adverbiais, isto é, aquelas que equivalem a advérbios em relação a outra oração.Os adjuntos adverbiais são termos acessórios das orações; são determinantes. Os determinantes adverbiais acrescentam "ao predicado o esclarecimento de lugar, tempo, modo etc."
Almoçarei ao meio-dia.Chegaram aqui as embarcações.Ontem choveu.Aquele homem caminha com dificuldade.Tu te exprimes muito bem.
São, portanto, os adjuntos adverbiais expressões que acrescentam circunstâncias aos fatos expressos.Recorde-se também que as orações reduzidas às vezes indicam circunstâncias que caracterizam e restringem o sentido do verbo:
Não te emprestarei dinheiro para gastares com bijuterias. (adverbial final reduzida de infinitivo)Chegando ao teatro, comprei os ingressos. (subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio)Terminado o jogo, voltei pra casa. (subordinada adverbial temporal reduzida de particípio)
As orações subordinadas adverbiais são dos seguintes tipos: causais, comparativas, consecutivas, concessivas, condicionais, conformativas, finais, proporcionais e temporais.

1ª. Causais: são aquelas que modificam a oração principal apresentando uma circunstância de causa, isto é, respondem à pergunta "por quê?" feita à oração principal. Exemplos:
Carlos saiu porque precisava.Amadeu não saiu porque estava frio.Nilo Lusa deixou o magistério porquanto sua saúde era precária.
São conjunções causais: porque, que, porquanto, visto que, por isso que, como, visto como, uma vez que, já que, pois que.

2ª. Comparativas: são aquelas que correspondem ao segundo termo de uma comparação. Exemplos:
Marisa é tão boa digitadora quanto Teresa"A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro"
São conjunções comparativas: como, mais do que, assim como, bem como, que nem (como), tanto quanto.

3ª. Consecutivas: são aquelas que são introduzidas por um termo intensivo que vem em seguida à oração principal, acrescentando-lhe idéias e explicações, ou completando-a, ou tirando uma conclusão. Exemplos:
O Plano de Estabilização Econômica foi tão cercado de flores de todos os lados que não percebemos suas conseqüências menos interessantes.Onde estás, Eliana, que não te vejo!Otávio bebia tanto que morreu afogado no seu próprio vômito.Faça seu trabalho de tal modo que não venha a lastimar-se do resultado que dele possa advir.
São conjunções consecutivas: (tanto) que, (tão) que, (de tal forma) que.

4ª. Concessivas: são aquelas que se caracterizam pela idéia de concessão que transmitem à oração principal. Exemplos:
Ainda que faça frio, o jogo realizará.Cristiano foi ao parque, embora estivesse chovendo.Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
São conjunções concessivas: embora, posto que, se bem que, ainda que, sempre que, desde que, conquanto, mesmo que, por pouco que, por muito que.

5ª. Condicionais: são aquelas que se caracterizam por transmitir idéias de condição à oração principal. Exemplos:
Se o filme for ruim, sairei do cinema.Caso tivesse realizado as obras necessárias, não teria perdido a eleição.
São conjunções condicionais: se, salvo se, senão, caso, desde que, exceto se, contanto que, a menos que, sem que, uma vez que, sempre que.

6ª. Conformativas: são aquelas que indicam o modo como ocorreu a ação expressa na oração principal. Exemplos:
Conforme as últimas notícias, o mundo corre risco de uma guerra generalizada.Realizei seus desejos como você me havia sugerido.Escrevi carta burocrática, segundo o estilo oficial estabelece.
São conjunções conformativas: de modo que, assim como, bem como, de maneira que, de sorte que, de forma que, do mesmo modo que, segundo conforme.

7ª. Finais: são aquelas que indicam o fim ou finalidade à oração principal. Exemplos:
É preciso que haja políticos de concepções liberais extremadas para que os conservadores não reduzam os homens a títeres.Acenei-lhe para que silenciasseAntônio Carlos falou baixinho a fim de que não fosse percebida sua revolta.
São conjunções subordinativas finais: para que, a fim de que.

8ª. Proporcionais: são aquelas que transmitem idéia de proporcionalidade à idéia principal. Exemplos:
À proporção que o tempo passa, a agonia recrudesce.O barulho de algazarra aumenta à medida que se aproxima das crianças.
São conjunções subordinativas proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que.

9ª. Temporais: são aquelas que indicam relação de tempo naquilo que se refere à ação expressa pela oração principal. Exemplos:
Enquanto leio poesia, recupero o equilíbrio emocional.Cada vez que eu penso, te sinto, te vejo...
São conjunções subordinadas temporais: quando, enquanto, agora que, logo que, desde que, assim que, tanto que, apenas, antes que, até que, sempre que, depois que, cada vez que.

Orações subordinadas adjetivas

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

São aquelas que têm o valor e a função de um adjetivo (sempre se referem a um substantivo ou pronome da oração principal) São iniciadas por pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo,...
- Dicas: Pronome relativo: - Tente substituir o pronome por "o qual (is) " para confirmar se ele é ou não relativo. - O pronome relativo exerce uma função sintática.
Ex: Admiramos alunos estudiosos ® Admiramos alunos que estudam adjetivo Oração subordinada adjetiva.

Orações subordinadas adjetivas Restritivas:

Orações subordinadas adjetivas restritivas são aquelas que delimitam, em um universo de seres, os que possuem determinadas características. Exercem função de adjuntos adnominais na oração principal e não são isoladas por vírgulas.
- Restringem ou limitam a significação do nome a que se refere. - Não são separadas por vírgulas. - Funcionam como adjunto adnominal de um nome da oração principal.
Ex: Os homens que fumam vivem pouco. (O.S. Adjetiva Restritiva) Havia ali crianças pedindo esmola. (O.S. Adjetiva Restritiva Reduzida de gerúndio)

Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas:

Orações subordinadas adjetivas explicativas são aquelas que realçam um detalhe do termo antecedente, que já se encontra definido. Sempre é ultilizado a vírgula separando-a da oração principal. Exerce a função de aposto explicativo da oração principal.
- Indicam uma simples explicação ou detalhe do nome a que se refere. - Vêm sempre separadas por vírgulas. - Funcionam como aposto (entre vírgulas) de um nome da oração principal.
Ex: O Sol, que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.
As orações subordinadas adjetivas e a vírgula:
- Já vimos que as orações adjetivas explicativas são separadas por vírgulas, mas as adjetivas restritivas não. - O emprego, ou não, das vírgulas com as orações adjetivas gera frases de sentidos toalmente diferentes. Compare: Os balões que subiam eram aplaudidos pelas crianças. (restritiva) Os balões, que subiam, eram aplaudidos pelas crianças. (explicativa) - Apesar de terem a mesma estrutura, esses períodos têm sentidos bem diferentes. Note que no período primeiro, entende-se que nem todos os balões subiam, apenas uma parte deles é que subia. E só os que subiam eram aplaudidos. A oração "que subiam"é, portanto, adjetiva restritiva. - Já no período segundo, entende-se que todos os balões subiam e todos eram aplaudidos pelas crianças. A oração "que subiam" é, portanto, adjetiva explicativa.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Redação premiada pela UNESCO

Impressionante!!


BRASILEIRA GANHA CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO
Clarice Zeitel Vianna Silva, 26 anos, estudante de direito, dançarina do Caldeirão do Huck.
VENCE CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO.
Imperdível para amantes da língua portuguesa, e claro também para professores.
Isso é o que eu chamo de jeito mágico de juntar palavras simples para formar belas frases.
REDAÇÃO DE ESTUDANTE CARIOCA VENCE CONCURSO DA UNESCO COM 50.000 PARTICIPANTES
Tema: ' Como vencer a pobreza e a desigualdade'Por Clarice Zeitel Vianna SilvaUFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro/RJ
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PÁTRIA MADRASTA VIL
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ?
Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.Sem egoísmo. Cada um por todos...Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?

Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre ' Como vencer a pobreza e a desigualdade' .A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

Orações coordenadas

Tipos de oração

Oração absoluta – É aquela que forma o período simples. Ex.: Hoje as lojas estão muito movimentadas.

Oração coordenada – É aquela que mantém relação de independência com outra. Ex.: Fomos ao cinema, / mas ele estava lotado.

Oração subordinada – É aquela que depende sintaticamente de outra oração. Ex.: Procurei / quem digitasse o trabalho. (A 2ª é subordinada)

Oração principal – É aquela da qual a oração subordinada depende. Ex.: Procurei / quem digitasse o trabalho. (A 1ª é principal)

O Período Composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição. Sendo assim:
- Eu irei à praia. (Período Simples)
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)
- Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor solar. (Período Composto).

Cada verbo ou locução verbal acima corresponde a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período composto: uma relação de coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações, marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de:
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto)

Podemos dizer:
1. Estou comprando um protetor solar.
2. Irei à praia. Separando as duas, vemos que elas são independentes. É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período Composto por Coordenação.

Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.

Coordenadas Assindéticas são orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.

Coordenadas Sindéticas ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação:

As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. Vejamos exemplos de cada uma delas:

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só... mas também, não só... como, assim... como.
- Não só cantei como também dancei.
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
- Comprei o protetor solar e fui à praia.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.

Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja.
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes.
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois. - Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. - Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. - Não fui à praia pois queria descansar durante o Domingo.

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo, portanto, por fim, por conseguinte, conseqüentemente.
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.

Orações subordinadas substantivas

TIPOS DE ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

Subjetivas

As orações subordinadas substantivas subjetivas atuam como sujeito do verbo da oração principal. Exemplos:
1. É fundamental o seu comparecimento à reunião.
2. É fundamental que você compareça à reunião.
3. É fundamental você comparecer à reunião.
O primeiro período é simples. Nele, "o seu comparecimento à reunião" é sujeito da forma verbal é. Na ordem direta é mais fácil constatar isso: "O seu comparecimento à reunião é fundamental".
Nos outros dois períodos, que são compostos, a expressão "o seu comparecimento a reunião" foi transformada em oração ("que você compareça a reunião" e "você comparecer à reunião"). Nesses períodos, as orações destacadas são subjetivas, já que desempenham a função de sujeito da forma verbal "é". A oração "você comparecer à reunião", que não é introduzida por conjunção e tem o verbo no infinitivo, é reduzida.
Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. As estruturas típicas da oração principal nesse caso são:
a) verbo de ligação + predicativo - é bom..., é conveniente..., é melhor..., é claro..., está comprovado..., parece certo..., fica evidente..., etc.
Observe os exemplos:
É preciso que se adotem providências eficazes.
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.
b) verbo na voz passiva sintética ou analítica - sabe-se..., soube-se..., comenta-se..., dir-se-ia..., foi anunciado..., foi dito..., etc.
Exemplos:
Sabe-se que o país carece de sistema de saúde digno.
Foi dito que tudo seria resolvido por ele.
c) verbos como convir, cumprir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, parecer, constar, urgir, conjugados na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Convém que você fique.
Consta que ninguém se interessou pelo cargo.
Parece ser ela a pessoa indicada.
Muitos autores consideram que o relativo "quem" deve ser desdobrado em "aquele que". Tem-se, assim, um relativo (que), que introduz oração adjetiva. Outros autores preferem entender que "Quem usa drogas" é o efetivo sujeito de experimenta. Esta nos parece a melhor solução.

Objetivas diretas

As orações subordinadas substantivas objetivas diretas atuam como objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplos:
Todos querem que você compareça.
Suponho ser o Brasil o país de pior distribuição de renda no mundo.
Nas frases interrogativas indiretas, as orações subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pela conjunção subordinativa integrante "se" e por pronomes ou advérbios interrogativos.
Exemplos:
Ninguém sabe / se ela aceitará a proposta. / como a máquina funciona. / onde fica o teatro. / quanto custa o remédio. / quando entra em vigor a nova lei. / qual é o assunto da palestra.
Com os verbos "deixar, mandar, fazer" (chamados auxiliares causativos) e "ver, sentir, ouvir, perceber" (chamados auxiliares sensitivos) ocorre um tipo interessante de oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Exemplos:
Deixe-ME REPOUSAR.
Mandei-OS SAIR.
Ouvi-O GRITAR.
Nesses casos, as orações destacadas são todas objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o que é mais interessante, os pronomes oblíquos atuam todos como sujeitos dos infinitivos verbais. Essa é a única situação da língua portuguesa em que um pronome oblíquo pode atuar como sujeito. Para perceber melhor o que ocorre, convém transformar as orações reduzidas em orações desenvolvidas:
Deixe que eu repouse.
Mandei que eles saíssem.
Ouvi que ele gritava.
Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblíquos foram substituídos pelas formas retas correspondentes. É fácil perceber agora que se trata, efetivamente, dos sujeitos das formas verbais das orações subordinadas.

Objetivas indiretas

As orações subordinadas substantivas objetivas indiretas atuam como objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplos:
Duvido de que esse prefeito dê prioridade às questões sociais.
Lembre-se de comprar todos os remédios.

Completivas nominais

As orações subordinadas substantivas completivas nominais atuam como complemento de um nome da oração principal.
Exemplos:
Levo a leve impressão de que já vou tarde.
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar.
Observe que as objetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto as completivas nominais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o segundo, um nome. Nos exemplos dados acima, as orações subordinadas complementam o nome impressão.

Predicativas

As orações subordinadas substantivas predicativas atuam como predicativo do sujeito da oração principal.
Exemplos:
A verdade é que ele não passava de um impostor.
Nosso desejo era encontrares o teu caminho.

Apositivas

As orações subordinadas substantivas apositivas atuam como aposto de um termo da oração principal.
Exemplos:
De você espero apenas uma coisa: que me deixe em paz.
Só resta uma alternativa: encontrar o remédio.

PONTUAÇÃO DAS SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

A pontuação dos períodos compostos em que surgem orações subordinadas substantivas segue os mesmos princípios que se adotam no período simples para as funções sintáticas a que essas orações equivalem:
- A vírgula não deve separar da oração principal as orações subjetivas, objetivas diretas, objetivas indiretas, completivas nominais e predicativas - afinal, sujeitos, complementos verbais e nominais não são separados por vírgula dos termos a que se ligam. O mesmo critério se aplica para o predicativo nos predicados nominais.
- A oração subordinada substantiva apositiva deve ser separada da oração principal por vírgula ou dois-pontos, exatamente como ocorre com o aposto:
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se rapidamente.
Imponho-lhe apenas uma tarefa: que administre bem o dinheiro público.